A Microsoft e a OpenAI embarcaram em um ambicioso projeto para desenvolver um supercomputador, de codinome Stargate, com um custo estimado de até US$ 100 bilhões. The Information informou, citando fontes, que a Microsoft está actualmente a avaliar se deve financiar este enorme empreendimento. Se concretizado, o Stargate representaria um salto significativo na infraestrutura de computação, custando até 100 vezes mais do que a construção de um datacenter moderno e deverá estar operacional em 2028. Esta iniciativa ressalta o compromisso da Microsoft com a OpenAI, com a gigante da tecnologia anunciando anteriormente uma parceria de terceira fase que envolve bilhões de dólares em investimentos em infraestrutura para continuar sendo o provedor de nuvem exclusivo da OpenAI.

Implicações tecnológicas e financeiras

Espera-se que a construção do Stargate se concentre fortemente em aceleradores de aprendizado de máquina, que são essenciais para a execução dos sofisticados modelos de IA da OpenAI. Esses aceleradores, dependendo do fornecedor, podem ter preços elevados, chegando a dezenas de milhares de dólares cada. A estratégia da Microsoft envolve a utilização de uma variedade de aceleradores, incluindo os da Nvidia, AMD e seu proprietário Maia 100, para suportar modelos de IA como GPT-4 e GPT-3.5. Além disso, há rumores de que a OpenAI está desenvolvendo seus próprios chips de IA, que poderiam ser potencialmente integrados ao Stargate. O consumo de energia do supercomputador deverá atingir cinco gigawatts após a conclusão, apresentando desafios significativos no fornecimento de energia livre de carbono para se alinhar aos compromissos ambientais da Microsoft.

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Considerações sobre energia e perspectivas futuras

Em um vídeo, o comentarista de IA Wes Roth explica que os requisitos de energia para o Stargate são monumentais, necessitando potencialmente de soluções inovadoras para atender às suas demandas sem comprometer os objetivos ecológicos da Microsoft. Para contextualizar, a maior usina nuclear dos EUA, a Estação Geradora de Palo Verde, tem uma produção máxima de 3,3 gigawatts, que fica aquém das necessidades do Stargate. A exploração pela Microsoft de pequenos reatores modulares (SMR) para futuras energias locais indica uma abordagem proativa para enfrentar esses desafios energéticos. Além disso, o acordo da Microsoft com a Helion Energy para desenvolver um reator de fusão está alinhado com o cronograma do Stargate, demonstrando o compromisso da empresa com soluções energéticas pioneiras para seus projetos com uso intensivo de dados.

Em resumo, o projeto Stargate representa um projeto ousado. visão para o futuro da IA ​​e da computação, com a Microsoft e a OpenAI no comando desta iniciativa inovadora. Embora a realização do projeto enfrente desafios financeiros e tecnológicos significativos, o seu sucesso poderá anunciar uma nova era na supercomputação, ultrapassando os limites do que é possível.

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