A Meta tomou uma medida atraente para os reguladores ao propor a redução das taxas de assinatura para suas versões sem anúncios do Facebook e do Instagram na União Europeia. A empresa sugeriu reduzir a mensalidade de 9,99€ para 5,99€ para contas individuais, sendo que cada conta adicional custa 4€. Esta decisão surge no momento em que a Meta procura responder às preocupações levantadas pelos reguladores europeus e grupos de consumidores relativamente às suas práticas de privacidade de dados e modelos de subscrição. A empresa já lançou uma versão sem anúncios das suas plataformas na UE.

Conformidade com os regulamentos europeus

A iniciativa de lançar um serviço de assinatura sem anúncios na UE foi originalmente motivada pela necessidade da Meta de se alinhar com os mercados digitais Lei (DMA) e o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR). Esses regulamentos impõem limites estritos sobre até que ponto os serviços online podem coletar e usar dados pessoais para versões suportadas por anúncios. Apesar desses esforços, o modelo “Pague ou OK” da Meta, que essencialmente força os usuários a escolher entre consentir com o processamento de dados para anúncios ou pagar uma taxa para evitá-los, atraiu críticas. Os defensores dos consumidores argumentam que este modelo pressiona os usuários a fazerem uma escolha que pode comprometer sua privacidade.

A atual estratégia de preços da Meta define a taxa de assinatura em € 9,99 por mês quando acessado pela web e € 12,99 por mês para usuários nas plataformas Android e iOS. A empresa defende essas taxas comparando às taxas de assinatura de outras plataformas importantes, como YouTube, Spotify e Netflix. No entanto, à luz do feedback recebido das autoridades de proteção de dados e grupos de consumidores, a Meta está agora em discussões para reduzir potencialmente essas taxas.

Preocupações e críticas de grupos de consumidores

No início do ano, mais de 28 organizações se reuniram para expressar suas preocupações ao Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB) relativamente à taxa de 12,99€ cobrada pela proteção dos dados e privacidade dos utilizadores. Eles alertaram que o modelo de assinatura da Meta poderia estabelecer um precedente que outras empresas poderiam seguir, potencialmente infringindo os direitos do consumidor. A alta taxa de assinatura, argumentam eles, não deixa aos usuários outra escolha a não ser consentir com o uso, compartilhamento ou venda de seus dados pessoais caso considerem a taxa muito cara.

O Organização Europeia do Consumidor (BEUC) também destacou que mesmo com uma taxa de assinatura, a Meta ainda pode coletar dados do usuário para outros fins que não a publicidade. Este debate contínuo sublinha o equilíbrio complexo entre oferecer aos utilizadores o controlo sobre a sua privacidade e garantir a viabilidade económica de plataformas que dependem fortemente de receitas publicitárias.

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