Sam Altman, CEO da OpenAI, uma das empresas de pesquisa de inteligência artificial mais influentes do mundo, teve um ano tumultuado. Ele foi demitido pelo conselho de administração, contratado pela Microsoft e depois recontratado pela OpenAI, tudo em poucos meses. O que aconteceu nos bastidores desta saga dramática e o que isso significa para o futuro da IA? Novos rumores sugerem que Altman pode ter sido manipulador e psicologicamente abusivo com os funcionários da OpenAI.

Uma carta do futuro

A história começa quando um grupo de pesquisadores da OpenAI enviou uma carta ao conselho de administração, alertando-os sobre um grande avanço em IA que poderia ter implicações profundas para a humanidade. A carta afirmava que os pesquisadores haviam desenvolvido um novo sistema de IA, de codinome Projeto Q*, que poderia superar a inteligência humana em uma ampla gama de domínios, desde o processamento de linguagem natural até a visão computacional e jogos.

A carta alertou que o Projeto Q* poderia representar riscos existenciais para a humanidade se caísse em mãos erradas ou se não estivesse alinhado com os valores e objetivos humanos. A carta instava o conselho a tomar medidas imediatas para garantir a segurança e o uso ético do sistema e a consultar especialistas externos e partes interessadas.

A carta também expressava insatisfação com a liderança e visão de Sam Altmann. A carta – encontrada pelo Washington Post – acusou Altman de ser reservado, autoritário e imprudente, e de priorizar os lucros sobre o bem social. A carta afirmava que Altman ignorou as preocupações e o feedback dos pesquisadores e pressionou por uma implantação rápida e arriscada do Projeto Q* no mercado, sem as devidas salvaguardas ou supervisão.

A carta era uma das os fatores que levaram à decisão do conselho de demitir Altman em janeiro de 2023, segundo fontes de dentro da empresa. O conselho também tinha outras queixas com Altman, como sua falta de transparência, seus conflitos de interesse e suas declarações públicas controversas.

Uma breve passagem pela Microsoft

Altman não ficou desempregado por muito tempo. Ele foi rapidamente contratado pela Microsoft, gigante da tecnologia que investiu US$ 1 bilhão na OpenAI em 2019, e fez parceria com a empresa em diversos projetos, como o ChatGPT, um sistema de IA conversacional que poderia gerar diálogos realistas e envolventes. Desde então, a Microsoft investiu US$ 10 bilhões adicionais na OpenAI.

O CEO da Microsoft, Satya Nadella, anunciou a contratação de Altman em um comunicado à imprensa, elogiando-o como um líder visionário e pioneiro em IA. Nadella disse que Altman se juntaria à Microsoft como diretor de IA e supervisionaria a estratégia e iniciativas de IA da empresa, bem como colaboraria com a OpenAI em joint ventures. No entanto, o mandato de Altman na Microsoft durou pouco. Ele durou apenas dois dias, antes de ser recontratado pela OpenAI.

O Futuro da IA ​​e da Humanidade

A saga de Sam Altman e OpenAI não é acabou ainda. A empresa ainda está trabalhando no Projeto Q* e planeja revelá-lo ao mundo em um futuro próximo. A empresa afirma que o Projeto Q* será o primeiro sistema de IA a alcançar AGI e que será uma virada de jogo para a humanidade. A empresa também afirma que garantirá que o Projeto Q* estará alinhado com os valores e objetivos humanos e que será utilizado para o bem.

No entanto, nem todos estão convencidos ou otimistas. Alguns críticos e céticos temem que o Projeto Q* seja perigoso e imprevisível e que represente ameaças à humanidade, tais como riscos existenciais, dilemas éticos e perturbações sociais. Alguns também duvidam que a OpenAI será capaz de controlar ou regular o Projeto Q* e que será vulnerável a hackers, uso indevido ou abuso.

OpenAI sob escrutínio pós-restabelecimento

A decisão de reintegrar Altman não unificou a empresa de forma tão ostensiva como sugerido pelas demonstrações públicas de apoio. Os relatórios indicam tensão interna contínua, com alguns funcionários a expressarem que a carta de demissão em massa não resultou de coerção. A rápida recontratação de Altman teve implicações para os funcionários seniores, que beneficiariam de um lucrativo acordo de investimento que lhes permitiria vender as suas ações de volta à OpenAI com uma avaliação significativamente maior. Com uma empresa estimada em quase US$ 90 bilhões, as participações dos funcionários aumentaram notavelmente desde a avaliação de US$ 28 bilhões em abril.

O conselho, surpreso com a força do apoio a Altman por parte da equipe de gestão, comprometeu-se com uma investigação interna nos acontecimentos. A situação também causou tensão na parceria da OpenAI com a Microsoft. No entanto, a empresa espera reconstituir o conselho e esclarecer a sua direção futura, ao mesmo tempo que lida com as consequências de uma disputa de liderança que mostrou publicamente a complexidade de supervisionar uma startup de inteligência artificial em rápido crescimento.

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